Quantas vezes quase morri
Ainda não fui condenada pelo cigarro que fumei boa parte da minha vida. Julgada sim, condenada não.
Atualmente faz… quase… uns dois anos que parei, mas posso facilmente voltar a fumar se quiser…
Ainda me vejo imaginando que depois de algumas refeições, só falta pegar um cigarro, para completar a satisfação.
A ideia que fumar completa o quadro, deixa tudo resolvido, faz parte do imaginário do ex-fumante. Estou falando de forma generalizada “de xereta”, porque nunca fiz pesquisa alguma a respeito.
Estou falando de meu modo de pensar a respeito.
É gostoso, é relaxante, é bom. Atualmente só me fazia mal para o bolso. Estava ficando cada vez mais caro. Agora nem sei mais.
Eu já tinha tentado parar várias vezes antes, mas era sempre em vão.
Numa ocasião em que operei a vesícula, fiquei três dias sem fumar, pelas condições óbvias de estar num hospital, e de simplesmente não ter acesso, inclusive porque meus meninos não me trouxeram nem por decreto.
Todos aqui em casa fumamos um dia e os meninos foram os primeiros a parar.
No retorno ao médico, depois da operação, levei a maior bronca porque ele me disse que fiz a única coisa que não deveria fazer… voltar a fumar… isso porque ele também fumava…
Bem, nem vou entrar no mérito da questão aqui, porque não vale a pena discutir, mas vale a pena contar porque meu vício me salvou e me creditou bônus um dia.
O fato em si, foi muito bizarro.
Ia eu indo para o consultório… trabalhava ao vivo naquela ocasião (hoje trabalho online) e, numa determinada rua, um ônibus estava atrás muito coladinho. Detesto gente que dirige assim, mas não podia fazer nada.
Eu estava em desvantagem, ele era grande, era de utilidade pública e, a bem da verdade não fazia nada ilegal. Só eu é que não gostava da proximidade.
Lembrei que meu cigarro estava acabando. Comprava de pacote, na ocasião. Sabia que, logo à frente havia um bar que sempre tinha a marca que eu gostava.
Dei seta à direita e estacionei no bar. Não houve tempo de eu descer do carro, quando ouvi o barulho.
Uma confusão de sons de batida, de gente gritando, de altercação entre pessoas, aconteceu num piscar de olhos, alguns metros à minha frente.
O ônibus, que agora tomara a minha frente, tinha sido abalroado por um outro ônibus, que entrava por uma rua na transversal.
A preferência era da rua em que eu estava e, como o ônibus que esteve um bom tempo na minha traseira não pode brecar, porque o outro entrou na sua preferencial eu calculei que certamente, se eu tivesse continuado, eu teria sido recheio de sanduíche entre os dois.
Como já disse antes, não sei se meu bônus é de crédito ou de débito. Se for de crédito, não sei muito bem a quem tenho feito o bem. É piegas citar: “Fazer o bem sem olhar a quem?”, ou…
Se for de débito, preciso investigar qual “arte” tenho feito para que meus bônus estejam sendo oferecidos, com a finalidade de eu cumprir alguma missão que ainda não me dei conta qual seja.
De toda forma, ainda espero, até hoje, algum esclarecimento a respeito, e olha que já passou um bom tempo dessa ocorrência. Vai ver, estou fazendo o esperado e nem percebendo o resultado. Juro que não quis rimar, saiu sem querer…
Glossário
Não fui condenada pelo cigarro que fumei– Atualmente o patrulhamento sobre fumantes, arrefeceu… ou eu é que parei de prestar atenção aos outros.
Ex-fumante- Tenho minhas dúvidas quanto à essa afirmativa. Até arsênico um dia foi considerado remédio, na dose certa.

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