O som do vento
Se você vive, você o ouve. Se você não vê, você o sente!
Estupendas melodias ouvimos com os sons dos ventos.
Desde o tilintar da varinha mágica de uma fadinha, quando ele passa faceiro pela nossa bochecha.
Quando fechamos os olhos ao senti-lo suave e acariciando nossa pele até o trovejar de sustos.
Quando ele fere o rosto tanto na pressa violenta, quanto no seu calor excessivo, ou mesmo no seu gelo gélido (uma tautologia?) romântico ou maléfico que paralisa a pele, os movimentos, fere o sentido de ser.
O som do vento é um encantador de corações, um tocador de órgãos de tubo, um modificador de batimentos cardíacos, — a ciência já batizou alguns eventos de “sopro no coração”, — um fazedor de suspiros no auge das paixões, ou no despertar e permanecer das autocomiserações.
Desperta paixões, desperta rancores, amores, desmonta cabelos de forma sensual e graciosa. Castiga a alma dos que ousam ouvi-lo, seja em terra, no ar ou no mar, ou mesmo sob o mar. O som dos ventos nas águas é divino e assustador. Lindo e pavoroso.
Lembra Woodstock assobiando “O Mio Babbino Caro”, numa pista de patinação do gelo enquanto Patty Pimentinha performa suas acrobacias no gelo?
É o som do vento sob controle, performado em notas musicais, da garganta de um passarinho lindinho e maluco. Para os ouvidos humanos.
Inspira nomes de filmes, tais como “Depois do vendaval”, “E o vento levou”… “Gone with the wind”, ou escritores, vide Cervantes com Don Quixote, e seus moinhos de Vento.
Avisa, avisa dos perigos. Devo perguntar a algum especialista de ventos, o que seria dos alarmes, sirenes, se não existissem movimento dos ventos. O som se propagaria, ou somente salvaria quem estivesse perto o suficiente para enxergar luzes de alerta. Morreriam todos os que estivessem distantes? Não sei… interessante saber.
Os ventos nas árvores, chilreiam as folhas. Sons diferentes, sons mais graves, mais agudos, suaves, violentos.
As conchas contam histórias, provocadas pelos sons e ventos que imitam o quebrar das ondas nas praias. O vento na praia é encantador de corpos e paixões. Levanta a areia formando formosas dunas, ou a água do mar molhando cabelos com respingos, ou ondas violentas.
Imagens magníficas ficam mágicas, fantásticas, quando regidas pelo movimento do vento.
Ele pode ser malvado também, quando incorpora um furacão, ou um tornado, levando tudo à sua volta, provocando destruição, morte.
Encantador de cobras, quando pelo caminho de uma flauta, o guru cria um espetáculo, fazendo com que ela se levante de suas cestas, de seus panos.
Respiraríamos sem ele?
Encantador das almas mais fantásticas, alimenta o coração, refresca ou destrói a vida, encanta paixões, provoca emoções.
Dispensa palavras, sons humanos para mostrar suas paixões, sua fúria, seu amor. Zune em nossos ouvidos, no corpo nas lembranças mais remotas ou presentes.
Alimenta o coração, mata ou morre de emoção, no estrondo de um vulcão, no quebrantar de uma onda, no frisson de folhas nas árvores, no pulsar de um coração, na vibração de uma nota musical.
Não imagino como se esconder dele, ou viver sem ele.

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